Além de aliviar as dores, a terapia japonesa também ajuda o paciente a ter uma espécie de harmonização mental.
Nem todos conhecem, mas existe uma técnica japonesa, chamada seitai, que foi criada entre os séculos XV e XVI, por guerreiros samurais, para ajudar no tratamento de problemas ósseos e musculares. Segundo o terapeuta oriental Joetsu Narita, da Eden Clinic, de Curitiba (PR), a técnica é uam forma de “organizar o corpo”. “Por meio de técnicas manuais e pontos da acupuntura, o seitai procura equilibrar a estrutura óssea, músculos, tendões e ligamentos do paciente para que a circulação sanguínea e a comunicação neural dos órgãos flua de maneira saudável e correta”, esclarece o especialista.
No Japão, o seitai é reconhecido por tratar problemas graves, como distonia focal (contrações e movimentos repetitivos), e mais simples, como lombalgia. O terapeuta revela que historicamente, a técnica é passada de pai para filho. “Desde pequeno, aprendi essa técnica com meu pai. Com quatro anos de idade, no Japão, eu já era requisitado para massagear com os nós dos dedos [punho fechado], apertando o local desejado”, comenta Joetsu Narita.
O especialista lembra que tudo em nosso organismo está ligado e, por isso, é preciso ter manter sempre uma harmonia, por meio do “realinhamento”. “Eu não trato apenas o torcicolo, eu vou atrás da causa desse torcicolo, que, às vezes, pode ser um desnivelamento na altura da bacia. Neste caso, a estrutura óssea, como forma de compensação, joga o peso de um lado para o outro e, nessas interseções ocorre oxidação tecidual, culminando no torcicolo”, explica o terapeuta.
O seitai é aplicado no corpo por meio de compressões em áreas específicas, atuando principalmente nos pontos identificados pela acupuntura chinesa. A terapia japonesa também é muito indicada no tratamento de problemas de coluna, que afetam ao menos 80% dos brasileiros ao longo da vida, segundo as estimativas.
Fonte: REVISTA ENCONTRO <https://www.revistaencontro.com.br/canal/atualidades/2018/09/seitai-tecnica-japonesa-ajuda-a-tratar-problemas-musculoesqueleticos.html>. Acesso em: 09 de ago. de 2021.
